Na busca pela transformação digital, algo que acontece constantemente e de forma exponencial, a cloud computing (computação em nuvem), ou jornada para Cloud Computing, ganha cada vez mais espaço no mercado. Esse modelo avançado de gerenciamento e armazenamento de dados está se tornando protagonista entre as tecnologias que mais tendem a agregar para uma empresa.

De acordo com dados divulgados pela Gartner, especialista em tecnologia e consultoria, a transição do modelo convencional de TI para a computação em nuvem já responde pela economia de mais de US$ 1 trilhão para as empresas que migraram ao serviço terceirizado. O modelo on premises, ou hardwares físicos, deixou de ser vantajoso quando a computação em nuvem passou a oferecer esse suporte.

Em vista disso, vamos mostrar neste artigo de forma intrínseca o que é computação em nuvem e, porque as grandes empresas estão cada vez mais adotando essa tecnologia. Veja também as principais diferenças entre um datacenter físico e a computação em nuvem, além de 5 motivos para você migrar o setor de TI da sua empresa para a computação em nuvem.

O que é Cloud Computing?

Utilizada como um termo coloquial para os recursos computacionais sob demanda, a computação em nuvem (em inglês, cloud computing) é um serviço de suporte para o armazenamento, processamento e gerenciamento de dados. Os dados ficam armazenados em servidores administrados pela empresa responsável pela nuvem. A conexão com os arquivos armazenados pode ser acessada de qualquer lugar por meio da internet.

Mas a verdadeira definição de computação em nuvem vai além de simplesmente armazenar dados. O serviço de computação descentralizada oferece um gerenciamento completo do serviço de TI de uma grande empresa, com acesso a softwares, aplicações exclusivas e segurança no envio e recebimento de dados. O suporte é robusto e foi projetado para atender empresas e profissionais de diversas áreas.

Por ser um serviço remoto, acessado pela internet, tem a alusão ao termo “nuvem”, bastante conhecido entre os profissionais e pessoas comuns. Para poder ter acesso à computação em nuvem, o usuário, seja uma pessoa física ou institucional, precisa de um terminal (computador, tablet, smartphone…) conectado à internet e assim poderá usufruir de programas e ter acesso a arquivos, tudo em um único ambiente.

Modelo convencional de TI (On Premises)

O modelo convencional de TI com equipamentos físicos, refrigeração específica, nobreak, backup, é, e ainda continua sendo muito utilizado por empresas ao redor do mundo. O modelo on premises oferece toda a infraestrutura necessária para uma empresa poder operar em seu ramo de negócios. Mas para isso, a empresa deverá possuir seu próprio servidor e elementos periféricos, além de mão de obra especializada no assunto.

A empresa que faz uso deste modelo deverá ter um setor dedicado somente a isso, o que irá despender grandes custos conforme a infraestrutura empregada. Além dos custos iniciais, todo o sistema irá consumir recursos financeiros para sua manutenção e na solução de problemas, que com certeza sempre ocorrem. Logo, recorrer a um sistema interno de computação com o melhor que a tecnologia tem a oferecer merece uma rigorosa avaliação.

Além disso, todo o sistema dependerá dos profissionais contratados para operar de forma eficaz, e isso requer uma equipe competente. Neste ponto, entramos em um dos principais critérios sobre o assunto, que é a segurança no armazenamento e processamento dos dados. Em vista disso, é interessante fazer uma análise técnica e financeira comparando custos e benefícios entre o modelo convencional e a computação em nuvem.

 5 motivos em migrar para a Cloud

Migrar todo ambiente de TI de uma empresa para a nuvem é algo que muitos ouvem falar, mas são poucas as empresas que fazem essa transição. Especialistas no assunto acreditam que o maior entrave para seja o processo de mudança, ou a jornada para cloud computing. Mas essa mudança não é nenhum bicho de sete cabeças e ela deve ser planejada. Desta forma, conheça 5 motivos para iniciar essa jornada quanto antes:

1. Otimização do ambiente

O processo de mudança deve ter um bom planejamento. Sendo assim, realizar uma avaliação criteriosa do grau de maturidade do setor de TI da organização, observando o nível de infraestrutura e as tecnologias utilizadas, irá oferecer um diagnóstico preciso. É fundamental ter a opinião de um especialista sobre o assunto: um consultor. Ao realizar essa análise com o auxílio de uma consultoria especializada, a empresa terá o insight para uma transição saudável.

Esse acompanhamento personalizado irá mostrar mais sobre a jornada para cloud, apontando o que deve ser movido para a nuvem e o que poderá permanecer nas instalações da empresa. Pontos intrínsecos serão considerados, como:

• Equipamentos
• Provedores
• Softwares
• Sistema Operacional
• Performance
• Licenças de uso
• Vulnerabilidades
• Política de RTO e RPO
• Consumo de memória RAM
• Rotina de backup
• Velocidade da conexão, entre outros

Uma das principais vantagens desta avaliação é poder um ambiente otimizado, ou seja, com configurações e softwares realmente necessários além de ter uma comparação que deixará claro o quanto pode ser vantajoso contratar o serviço de computação em nuvem.

2. Agilidade e Escalabilidade

Mais uma vez com um viés de comparação, vamos mostrar que as vantagens da computação em nuvem vão além de custos ou performance, considerando dois princípios fundamentais para o sucesso de um negócio: agilidade e escalabilidade.

Agilidade

O poder de automação e a inteligência artificial proporcionaram uma necessidade maior de armazenamento de dados e poder de processamento por parte das empresas. Considerando uma nova demanda em uma empresa que está seguindo rumo à expansão de seus negócios, se torna necessário o uso de mais servidores, poder de processamento, memória, dentre outros.

Enfim, para que essa nova demanda seja atendida, mais recursos teriam que ser usados, além de horas de planejamento e execução de um projeto. Como uma alternativa mais do que viável, a computação em nuvem consegue atender a todas as demandas que surgem no mercado com a agilidade de poucos cliques, sem ter a preocupação de termos ou não recursos disponíveis.

Ou seja, imagine que para a empresa do nosso exemplo expandir ela necessite de um poder de processamento maior, a utilização de um sistema dedicado e de uma capacidade maior de armazenamento. Para isso se tornar realidade em instantes, basta possuir os terminais necessários (computadores e periféricos), para acesso do ambiente e contratar um plano adequado, com isso a necessidade desta empresa já estará suprida em questão de minutos.

Escalabilidade

No mundo da tecnologia da informação a escalabilidade é uma das características mais desejáveis, requerida pelos maiores agentes institucionais em atividade. Um sistema pensado e construído com essa qualidade está preparado para elevar o seu poder de trabalho sempre que novas demandas surgirem. Como exemplo, podemos citar as instituições financeiras, que estão tornando cada vez mais seus produtos digitais acessíveis.

Isso já é uma realidade para o mercado financeiro, que em um intervalo curto de tempo lançou várias fintechs e bancos digitais na última década. A maioria dessas empresas utilizam ao máximo o que a computação em nuvem tem a oferecer, pois, o número de clientes dessas instituições cresce exponencialmente. O suporte que os grandes servidores descentralizados oferecem tornou capaz a expansão dessas empresas.

Podemos dizer também que uma das maiores vantagens da escalabilidade de um negócio é a automação dos processos. Imagine que você necessite rodar um software de forma ininterrupta por dias, meses ou anos. Saiba que essa é uma demanda comum para vários profissionais.

Entretanto, é muito difícil manter um servidor em um ambiente on premise disponível sempre e de forma ininterrupta e escalável. Para muitos, chega a ser inviável executar essa tarefa com algum proveito. Essa tarefa se torna ainda mais difícil se for levada adiante por uma pessoa física ou microempresa.

No entanto, um profissional que tenha essa necessidade pode criar uma máquina virtual em um ambiente na Cloud com todas as especificações técnicas necessárias, iniciar ele de forma rápida e pronto! Mesmo que você fique sem link(internet) ou seu computador pegue fogo, não importa, seu ambiente estará disponível, sem maiores problemas. Para ter acesso ao gerenciamento deste ambiente, basta que o profissional faça login em sua conta na nuvem e acesse, simples assim.

Outro exemplo de profissionais com essa necessidade são os traders que operam diversos ativos diferentes através de robôs. Como existe uma infinidade de ativos e horários diferentes de pregões, os traders, seja institucional ou pessoa física, necessitam de manter diversos robôs operando em suas contas. Para isso, é necessário manter a plataforma ativa de forma ininterrupta e conectada à internet. Hoje, existem diversos planos de computação em nuvem criados para esses profissionais.

3. Suporte

A migração para a computação em nuvem vem com um amplo suporte que ocorre constantemente por parte dos provedores de Cloud. É muito importante que todo o processo de transição seja monitorado para garantir a alta performance do serviço descentralizado. O suporte é robusto e conta com toda a disponibilidade técnica para garantir que o sistema esteja apto a funcionar 24 horas por dia. Com isso, o departamento de TI de sua empresa poderá focar em outras demandas.

 4. Diminuição de custos

Estudos realizados sobre o assunto indicam que as empresas que aderem aos serviços de computação em nuvem conseguem reduzir custos relevantes. Quando comparado um setor de TI tradicional com um setor híbrido ou 100% em nuvem, é possível notar uma redução de custos exorbitante com:

• Manutenção de servidores e periféricos
• Energia Elétrica
• Treinamento
• Mão de obra especializada (Recursos distintos – Storage, Network, S.O, entre outros)
• Licenciamento de Software
• Problemas com Hardware
• Custos com recorrentes soluções de problemas
• Além de uma redução significativa de gasto com a rotina de suporte, algo que envolve recursos financeiros e horas de trabalho.

A partir de uma avaliação completa sobre as vantagens de migrar para a cloud, ficará cada vez mais evidente a diminuição de custos a partir desta mudança.

5. Segurança

Teoricamente, servidores configurados em ambiente on premise são mais seguros em comparação a um ambiente remoto, por não sabermos onde estão os dados estão alocados, e considerando que o profissional de TI está presente e pode tomar decisões com mais agilidade. Entretanto, isso não passa de teoria, pois, na prática, as coisas são bem diferentes. As falhas humanas tendem a contribuir muito mais para a quebra de sigilo e roubo de dados de uma empresa.

Um estudo realizado pela Gartner concluiu que 95% das falhas ocorridas com servidores que se encontram em uma nuvem publica envolvendo vazamento de dados são de natureza administrativa. O estudo revelou que menos de 5% das falhas foram causadas por problemas de vulnerabilidade ligados diretamente a uma brecha do sistema.

Esse percentual de vulnerabilidade não é menor em um departamento de TI em ambiente on premise. O fato de ter pessoas trabalhando diretamente para a empresa em um regime de trabalho formal, não garante que imprevistos irão ocorrer. O bom funcionamento de um ambiente se deve a um bom monitoramento e uma constante atualização, uma rotina já adotada pelos melhores provedores de computação em nuvem.

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