Os dados têm se tornado um dos insumos mais valiosos das organizações e isso vale, também, para o varejo, especialmente para o segmento de supermercados. Afinal, estamos falando de uma das áreas mais fortes do mercado atual.
Se você quer disparar na área e ganhar projeção, é essencial superar os concorrentes. Para isso, optar por priorizar uma tomada de decisão baseada em dados pode ser crucial, ajudando a tornar os processos mais eficientes e alavancando seu negócio. Por isso, esse é o melhor momento para investir na adesão de uma cultura data-driven. Mas como as empresas do varejo orientadas por dados conseguem superar a concorrência? Entenda mais sobre o assunto a seguir.
Qual a importância de uma cultura orientada a dados no varejo?
Em um contexto no qual os dados são cada vez mais utilizados de forma estratégica em todas as áreas, o varejo sai à frente. Isso acontece, principalmente, porque esse é um segmento que gera um alto volume desse insumo.
Porém, em muitos casos, eles são subutilizados, ficando limitados a bancos de dados e em aplicações isoladas, sem comunicação e integração entre as soluções. A cultura orientada a dados, ou uma cultura data-driven, tem um papel essencial nisso.
Confira a seguir alguns dos principais motivos para trazer essa mudança para seu negócio.
Diferenciais competitivos
A análise de dados permite ter informações valiosas em mãos que ajudarão a gerar insights que podem se tornar diferenciais competitivos essenciais para o seu negócio. Por exemplo, você consegue analisar com mais precisão a curva de aumento de visitas em sua loja.
Assim, é possível definir estratégias que podem potencializar as vendas e resultados. Por exemplo, aumentar o número de profissionais para finalizar as compras e agilizar as filas pode atrair mais clientes para a loja nesses dias. Além disso, é possível avaliar se essa estratégia deu certo, com os dados médios de duração do processo de finalização de vendas.
Para você ter dimensão das empresas que já adotam o data-driven para potencializar suas estratégias, podemos citar:
- McDonald’s;
- Tapestry;
- Lyft.
Proporcionar uma melhor experiência para o cliente
Uma cultura data-driven no varejo também permite proporcionar uma experiência de sucesso para o cliente. Esse é um ponto essencial atualmente, principalmente, pelo maior grau de exigência do público.
Pensando no exemplo anterior, uma pessoa pode priorizar ficar menos tempo em filas que o preço em si e, com isso, procurar lojas que ofereçam essa experiência. Com dados em mãos, é possível pensar, por exemplo, em:
- filas de check-out dedicadas;
- aumentar o número de caixas disponíveis;
- realizar compras antecipadas online na loja e retirada no local, entre outros.
Outras estratégias que podem ser viabilizadas com isso são:
- disponibilizar compradores pessoais;
- vender produtos selecionados conforme o perfil do seu público-alvo;
- criar eventos de demonstração de produtos;
- pensar em ações de vendas e promoções mais efetivas;
- disponibilizar compras online com entrega grátis em casa;
- criar possibilidade de compras recorrentes, entre outros.
Aumentar o ticket médio
Quando o cliente tem uma experiência diferenciada no varejo, especialmente em supermercados, ele tende a aproveitar a visita para comprar mais itens do seu interesse. Com isso, há um aumento do ticket médio por cliente e no geral.
Porém, para conseguir acertar no tipo de estratégia que tende a estimular o seu cliente a isso, é preciso ter uma análise consistente dos indicadores. A cultura data-driven ajuda a ter essas informações atualizadas em tempo real no dashboard.
Fidelização do cliente
A experiência otimizada do cliente tende a levar a uma maior fidelização ao longo do tempo. Isso porque, muitas vezes, o preço poderá não ser o diferencial na decisão do estabelecimento que ele vai escolher, mas sim a comodidade, conforto e personalização dos processos.
As vantagens concedidas a partir dessas decisões orientadas a dados aumentam a confiança da pessoa sobre seu negócio, fazendo com que ela se sinta especial, além de facilitar o processo de escolha dela.
Gestão interna
Outro ponto importante é, também, utilizar os dados não só na relação com o cliente, mas, também, sobre a gestão interna. O uso estratégico dessas informações auxilia, por exemplo, em avaliações financeiras que podem ser utilizadas para expansão das atividades.
Ajuda, também, a fazer análises mais inteligentes de indicadores de referência essenciais para uma boa gestão, proporcionando maior perenidade e longevidade da empresa. Isso é essencial, especialmente, no setor de supermercados.
Esse é um ponto abordado, inclusive, na divulgação do último Ranking ABRAS 2023, que trouxe os principais dados e inovações do setor. Questões relacionadas com setor jurídico, marketing, vendas, processos, precificação, absenteísmo, presença digital, entre outras, podem ser otimizadas com análises de dados mais precisas.
Com isso, os gestores conseguem tomar decisões orientadas a dados de forma mais eficiente. Isso potencializa a eficiência operacional e, consequentemente, gera maior diferencial competitivo.
Como utilizar os dados em varejo como vantagem competitiva?
Agora que você sabe a importância e os benefícios, é essencial saber como é possível utilizar os dados no varejo para proporcionar vantagens competitivas para seu supermercado. Confira a seguir algumas dicas essenciais que ajudam nessa adoção.
Defina a(s) abordagem(ns) de obtenção de valor dos dados
Um primeiro ponto que ajuda nesse processo é pensar em qual o tipo de abordagem que você deseja trazer para seu varejo. Duas possibilidades são:
- criação de projetos top-down. Neles, o seu varejo pode obter dados das atividades e utilizá-las de forma estratégica internamente, ajudando nas tomadas de decisões por meio da visualização em ferramentas de analytics, por exemplo;
- criar soluções de autoatendimento que permita aos gestores dos setores acessarem e analisarem dados pensando em tarefas e metas específicas.
Utilize a nuvem a seu favor
Outro ponto é facilitar o processo de acesso aos dados e integração de soluções entre setores por meio da nuvem. Com isso, reduz-se com maior facilidade eventuais gargalos que possam atrapalhar as estratégias de data-driven
Ao mesmo tempo, contar com a possibilidade de utilizar recursos mais robustos de forma mais eficiente permite direcionar o valor que seria utilizado para compra de infraestrutura física para outras questões igualmente estratégicas. Afinal, não será necessário adquirir e manter servidores físicos, por exemplo.
Porém, não é necessário migrar toda a infraestrutura, caso você ainda utilize servidores físicos em seu varejo. Uma forma para resolver isso é criando um data lake. Por meio dele, é possível copiar os dados dos repositórios on-premise para esse repositório central na nuvem.
Democratize o acesso às informações
Os dados precisam fluir entre soluções e setores sem gargalos. Com isso, é possível conceder acesso às informações necessárias a todos os usuários que necessitam deles, sem maiores problemas.
Com isso, é possível obter novas informações, acessá-las e, até mesmo, criar níveis de acesso. Isso ajuda a impedir que pessoas não autorizadas tenham acesso a dados sensíveis e sigilosos.
Além disso, a democratização de acesso aos dados pode facilitar o uso de ferramentas e algoritmos de Machine Learning. Isso ajuda a proporcionar análises mais precisas, automatizar processos e gerar insights que ajudarão nas medidas estratégicas do seu negócio.
Traga inovações de análise
Como a adoção de uma cultura orientada a dados nos negócios tem se tornando uma tendência cada vez mais forte, isso faz com que novidades e tendências sejam lançadas. Estar atento para isso ajuda a incorporar aquelas que podem potencializar as estratégias da sua empresa.
Por exemplo, recursos como novas ferramentas de Inteligência Artificial cada vez mais eficientes, análises de dados mais avançadas, novas soluções de Machine Learning, entre outras, podem ajudar a potencializar a experiência do cliente mais eficiente e maior eficácia operacional. Por isso, seu time deve estar atento para as principais novidades, analisando quais delas fazem sentido para as lógicas do seu varejo. Assim, podemos usar essas ferramentas para:
- solucionar problemas;
- identificar tendências;
- conhecer o perfil do seu público;
- ter uma melhor previsibilidade de demanda;
- personalizar experiência, entre outras possibilidades.
Conte com um especialista para ajudá-lo
Todos esses processos envolvem migrações de processos de dados, integrações entre soluções, entre outros pontos que podem ser complexos. Sem o cuidado devido, gargalos podem ser criados e os gestores não conseguirem operar como precisam no uso dos dados.
Por isso, o processo de migração para um contexto orientado a dados precisa ser acompanhado por quem entende do assunto. Por exemplo, uma consultoria de TI que tenha experiência em adaptação de negócios poderá ser sua maior aliada. Lembre-se que essa parceira estará operando com insumos valiosos do seu negócio. Por isso, é essencial que você escolha bem quem ficará responsável por esse processo.
O que deve ser considerado ao começar a tornar o seu varejo orientado a dados?
Além dos pontos que você viu anteriormente, é essencial ter ciência das principais considerações que ajudarão a tornar essa adaptação ainda mais eficiente. Isso ajudará a definir quais são as necessidades reais do seu varejo e estruturar um processo de migração mais eficiente.
A seguir, veja alguns pontos cruciais para definir neste momento, que contribuirão para o processo de transformação interna.
Defina os indicadores-chave de desempenho (KPIs)
Um primeiro passo é pensar em quais são os indicadores-chave para seu varejo e que precisam ser acompanhados constantemente. Por exemplo, para um supermercado, o giro de estoque, ticket médio, tempo médio para finalização de pedido, entre outros, são pontos que interferem na experiência do cliente.
Esse ponto ajuda a identificar quais dados são necessários para este tipo de análise e, assim, escolher as melhores tecnologias de análise conforme suas necessidades.
Liste as fontes de dados
Identifique todos os pontos que fornecem dados estratégicos para seu varejo, com suas devidas fontes. Além disso, também selecione, para cada uma desses listados, se são dados estruturados ou não estruturados e se são obtidos em tempo real ou em lote. Isso auxilia nas estratégias de implementação de big data, por exemplo.
Apesar de ser uma operação mais complexa de análise, isso ajuda a identificar se há risco de informações estarem sendo coletadas, armazenadas e analisadas em duplicidade. E isso pode prejudicar muito sua estratégia.
Além de levar a custos mais elevados, este tipo de problema também pode prejudicar a própria análise devido aos dados duplicados. Com isso, a empresa consegue ter maior precisão nas avaliações realizadas.
Analise quais são as aplicações que utilizam dados
Faça uma lista das aplicações utilizadas no varejo que usam dados em suas operações. É o momento, também, de identificar quais são as novas soluções a serem implementadas a curto e médio prazo.
Com isso, é possível pensar em projetos de integração e adequação que favoreçam essas trocas. Desta forma, torna-se muito mais fácil fazer a transição, minimizando falhas que comprometam o projeto.
Defina os níveis de acesso e demanda de privacidade
Ao falar em dados, não é possível deixar de lado as questões relacionadas com privacidade e segurança. Para ajudá-lo nisso, pense nos níveis de acesso que as informações devem ter, considerando as funções e áreas existentes.
Isso vale tanto para viabilizar as trocas de informações quanto, também, para evitar que dados mais sensíveis estejam acessíveis a pessoas que não operam com aqueles dados. Por exemplo, dados demográficos ou o analytics de vendas precisa circular bem entre os setores de vendas e marketing, sem gargalos.
Contudo, informações financeiras ou estratégias mais sensíveis devem ficar mais restritas aos profissionais envolvidos diretamente nos processos, protegido com recursos de segurança (como criptografia). Esse ponto também auxilia tanto no compliance, em relação à adequação às leis de proteção de dados quanto, também, em caso de auditorias.
As empresas de varejo que atuam orientadas a dados tendem a se destacar mais facilmente da concorrência. Além disso, também conseguem ter maior eficiência operacional e conquistar a fidelização do seu público. Esperamos que este artigo tenha ajudado você a entender a importância de implementar essa mudança em seu negócio. Para ajudá-lo nessa transição e trazer uma cultura data-driven em seu varejo, conte com um parceiro experiente no assunto: a Integrity-UX! Entre em contato e vamos conversar sobre o assunto.